segunda-feira, 29 de novembro de 2021

"A análise psicodinâmica da etiopatogenia da instabilidade infantil, conduz-nos à problemática da disfuncionalidade e carência parental, sobretudo materna, onde a incapacidade materna de pensar o bebé; a deficiente qualidade da comunicação original entre a mãe e o latente; as falhas no processo de vinculação e a necessidade de uma figura de ligação – constituem desafios para o clínico que aceita encetar um trabalho de psicoterapia, e que tem que se oferecer
como objecto fidedigno e confiável para a criança. Apenas a receptividade contentora e securizante da relação terapêutica, pode favorecer quer a expressão da dor depressiva, quer a deflexão agressiva, na repetição transferencial, tão necessária à evolução e ao crescimento. Não destruído pela agressividade da criança, o psicoterapeuta será reintrojectado como objecto seguro, sólido, e afectivamente bom."

Fernando R. Costa

"Como se a Terra corresse Inteirinha atrás de mim O medo ronda-me os sentidos Por abaixo da minha pele Ao esgueirar-se viscoso Escorre ...